sábado, 16 de janeiro de 2016

Devagar te Amo

Marcin Tyszka

Devagar te amo, e devagar assomo
os dedos à altura dos olhos, do cabelo
dos anéis de outro turno, que é só meu
por querê-lo, meu amor, como a ti mesma quero
nos tempos de passado e sem futuro.
Devagar avanço um dealbar de dias
que vida seriam - mesmo que morto, à noite,
eu voltasse amargurado mas presente,
calado e quedo, e devagar amando.

Autor: Pedro Tamen
In “Rua de Nenhures”

1 comentário:

Mar Arável disse...

No amor tudo deve ser lento