domingo, 9 de outubro de 2011

a última bebida

era tarde. tão tarde. uma última bebida, tão tarde. uma última bebida disseste.
tão cedo - lá fora.
fiquei a olhar-te.
da janela vi as ondas, no mar.  além.
uma última bebida.
e foi a última de todas as últimas.
tanto tempo.
e nunca mais te vi.
e nunca mais te senti.
e nunca mais bebi.

a última de todas as últimas bebidas.

Autor : Beatrice
Foto: janikowski

4 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Mas não podemos morrer à sede...
Belo poema, gostei muito.
Querida amiga, tem um bom resto de Domingo e uma óptima semana.
Beijos.

Manuel Veiga disse...

bebida acridoce...

beijo

mfc disse...

Um adeus doloroso!

A foto está excepcional!

Mar Arável disse...

... entretanto...

é bom saber que existem

ciclos nas marés