domingo, 6 de fevereiro de 2011

Poema Furtivo


Desdobra-se a tela
E o rosto
São os semicerrados olhos...
.
E água o gesto puro
Das linhas
Decifradas...


(A cor. Não desejo
Ainda…)
Os tons breves e o silêncio


Que apenas os gestos
Gritam.


E a pele abrindo-se…


(A sede.
Não ainda
Arde...)

Desnuda-se o olhar
Lento.
Amacia-se o corpo…

(Cor e gesto
Ainda... )
E o fogo agora

Entrelaçando-se na forma
Adivinhada…

Volátil espera
De lume e água.
Furtivo sonho...


Caligrafia do Desejo...

.
Foto: konradkkk

1 comentário:

Manuel Veiga disse...

que bela surpresa!!!...
sinto-me honrado por merecer publicação num espaço de tanta qualidade e exigência.

fico muito grato.

beijos