sexta-feira, 29 de agosto de 2008

a tua ausência é, cada momento, a tua ausência.


a tua ausência é, em cada momento, a tua ausência.não esqueço que os teus lábios existem longe de mim.aqui há casas vazias. há cidades desertas. há lugares.mas eu lembro que o tempo é outra coisa, e tenho tanta pena de perder um instante dos teus cabelos.aqui não há palavras. há a tua ausência. há o medo sem os teus lábios, sem os teus cabelos. fecho os olhos para te ver e para não chorar.
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Autor José Luis Peixoto
In : A casa, A Escuridão
Foto:Szara Reneta

1 comentário:

Adrianna Coelho disse...

ah, sobre ausência, escrevi isso:

a distância não te separa
nem a ausência
nem o silêncio
porque me mandas estrelas
sóis de outros sistemas
e beijos azuis molhados
porque sinto tuas gotas de orvalho
como se de repente
me transformasses
em amarílis, orquídea, miosótis
ou em qualquer flor
que exale aroma
também azul
(não sei nome de flor azul)
porque me recrias dos cincos elementos
presentes em tuas palavras
e carregando um sexto sentido
já te pressinto em mim
homem azul.

(foi escrito para um poeta) rsrs

beijos, beatrice!